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Review

Review The 100 S03E11 – “Nevermore”

ATENÇÃO: A análise a seguir contém SPOILERS do décimo primeiro episódio da terceira temporada de The 100. Leia por sua conta e risco!

“O que fazer quando você percebe que pode não ser o mocinho?”
“Talvez não existam mocinhos.”

É fato que o episódio S03E11 – “Nevermore” foi consideravelmente épico por ter tido momentos sensacionais e de suma importância para o desenvolvimento da temporada, mas ainda, foi um episódio especialmente marcado pelo reencontro e grande compartilhamento de cenas entre o nosso squad, o que de certa forma trouxe um pouco da primeira temporada à tona, mesmo que os personagens não sejam mais como eram no começo da série, já que a essa altura todos carreguem suas próprias cicatrizes da sobrevivência. Durante todo o episódio, tivemos o prazer de ver membros dos 100 reunidos novamente, todos ligados por apenas um propósito: salvar Raven. Se você não considerar o sangue e o passado mais sombrio que cada um agora carrega consigo, pode-se dizer que quase parecia que estávamos assistindo a primeira temporada mais uma vez.

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Depois que a situação de ALIE e os chips controlando as pessoas em Arkadia ficou finalmente mais clara para todos do grupo, a necessidade de encontrar a última pulseira que poderia ajudar a construir a ferramenta que retiraria o controle de ALIE de Raven tornou-se urgente e, como apontado na review do episódio passado, já era esperado que veríamos Niylah novamente, já que ela era a única que ainda guardava uma das pulseiras. No entanto, considerando o último encontro de Niylah e Clarke, alguns de nós esperávamos um reencontro um pouco diferente, não é? O que não esperávamos era que o pai de Niylah havia sido assassinado no exército massacrado por Pike e, por isso, os Skaikru não eram mais bem-vindos para ela. Não sei vocês, mas eu achei que eles tiveram um pouco de descaso com ela já que praticamente invadiram sua casa – antes mesmo de ela autorizar. É claro que a vida de Raven estava em risco, mas estava bem claro a posição da Grounder sobre os Skaikru e, ainda, depois que ALIE e seu exército de zumbis já sabia de sua localização, Clarke vai embora sem nada além de “você precisa fugir”. Pareceu algo do tipo “pegamos sua casa emprestada, mentimos sobre quem estava no exército que matou seu pai e atraímos uma inteligência artificial para cá… mas ah, dá um jeito de fugir”. Poxa, até a Octavia que nem a conhecia foi mais gentil. Ainda assim, gostamos muito de Niylah e esperamos vê-la mais vezes na série.

O verdadeiro destaque do episódio foi Lindsey Morgan e sua atuação excepcional e inquestionável como Raven sob o controle de ALIE. Nós já sabemos o quanto o elenco da série é incrível, mas nos últimos episódios Lindsey provou seu talento numa imitação perfeita de ALIE – seja a voz ou o olhar, o jeito de falar ou mover o corpo –, além de ter se empenhado tanto na interpretação que quase parecia que estávamos assistindo à um exorcismo com toda aquele esforço de Raven em se desprender e sair correndo, machucando a si mesma gravemente, mas ao mesmo tempo não sentindo dor alguma; pelo contrário, ela se divertia com a situação. É difícil dizer que alguma cena de Raven nesse episódio foi fácil de assistir, especialmente quando ela estava disposta a falar coisas cruéis tão naturalmente para aqueles que eram seus amigos, só para conseguir atingi-los de algum jeito. É claro que ALIE estava no controle de cada palavra dita, mas o jogo mental e psicológico nisso leva o episódio à um outro nível. Bizarro, mas incrivelmente genial.

Bellamy cada vez mais está voltando para o lado certo, mas como Octavia fez questão de lembrá-lo, ele apenas está fazendo isso pela própria irmã e não porque acha que é o certo a se fazer. Apesar de finalmente ter tido que encarar o que seus atos realmente causaram, direta ou indiretamente, ao ver Niylah e saber que pode ter matado o pai dela, Bellamy ainda está longe de voltar a ser quem era, especialmente por não demonstrar estar tão arrependido assim. Não tenho certeza sobre o que os roteiristas têm em mente sobre o futuro do personagem, mas confesso que esperava vê-lo sofrendo um pouco pelas decisões que tomou – assim como Clarke levou um tempo para aceitar as mortes inocentes que causou. E falando em Clarke, só eu esperava que o reencontro dela e de Bellamy não fosse tão amigável assim? Digo, na última vez que eles se viram, Bellamy a enganou para algemar as mãos dela e entregá-la a Pike… Só estou dizendo que eu não receberia de braços abertos e sorriso no rosto quem fez isso comigo, mas vamos ver o que acontecerá daqui para frente.

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Monty e Octavia tiveram algumas cenas boas, também. Na missão de buscar um eletroímã na antiga nave, os dois – que não eram próximos há um bom tempo – tiveram uma rápida conversa na qual Monty tenta convencê-la de que ela ainda é parte dos 100, mesmo que Octavia não enxergue mais seu lugar depois da morte de Lincoln. Mas, se ela ainda não tinha certeza sobre onde deveria ficar, essa dúvida foi eliminada depois de Monty atirar e matar na própria mãe para salvar a vida de Octavia. Bem, The 100 já nos mostrou uma criança cometendo suicídio, uma namorada matando o namorado… mas um filho matando a própria mãe diretamente? Isso é, no mínimo, mais uma prova de que de “teen” a série não tem nada. É difícil especular como Monty ficará depois desse acontecimento, principalmente depois de ele perceber, no fim do episódio, de que podia ter salvo a mãe mesmo que ela estivesse no controle de ALIE, assim como Raven estava, mas algo me diz que sua linha de história irá cruzar com a de Jasper em algum momento, já que os dois interromperam a grande amizade que tinham quando Jasper estava tentando suportar a dor de perder alguém que amava e Monty, agora, passa pela mesma coisa.

E para alguém que passou boa parte da temporada como um personagem secundário quase esquecido, Jasper protagonizou a maioria das cenas e finalmente teve sua chance de despejar toda a mágoa que guardava de Clarke pela morte de Maya. E apesar do comportamento dele já estar mais do que cansativo para a maioria dos espectadores, temos que admitir que esse momento era mais do que necessário para que o personagem pudesse, enfim, seguir em frente. Além disso, Clarke nunca foi realmente confrontada por alguém que ela machucou no massacre em Mount Weather – já que não havia sobreviventes, desconsiderando Emerson cuja opinião ela não se importa tanto. Mas Jasper, apesar de ser parte dos Skaikru, também viveu e se apaixonou em Mount Weather; e ela matou a mulher que ele amava. Segundo Raven/ALIE, Jasper não tem razão em se comportar desse jeito só por ter perdido alguém, quando todos ali também passaram pelo mesmo. Mas afinal, cada um não tem sua própria maneira de lidar com a dor?

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O episódio que trouxe o ar de primeira temporada à tona não podia terminar de uma maneira diferente que não fosse o squad reunido e disposto a acabar com ALIE usando a segunda inteligência artificial. E, logo em seguida, ALIE dizendo para Jaha que será preciso matar todos do grupo antes que eles pudessem encontrar a única maneira de detê-la. Seria possível que Luna possa fazer parte disso? Com isso, provavelmente se dá o início de uma missão que talvez possa dar um fim ao tão longo plot da Cidade das Luzes – e, consequentemente, nos dar as respostas que esperamos por tanto tempo.

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Observações:

– “O que eu preciso fazer pra provar que estou do seu lado?”, “Traga Lincoln de volta”. Doeu, doeu muito.

– Sinclair preocupado com Raven e dizendo que ela é tudo que lhe resta foi bonito.

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– Quero aproveitar esse espaço e agradecer por ter vivido pra ver a cara do Bellamy quando a Raven disse “nos divertimos juntos, não?”. Sensacional, haha.

– “You’re one of the hundred.” Quando alguém na cena fala o nome da série <3

– We survived together.

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A 3ª temporada de The 100 é exibida todas as quintas-feiras no EUA pela emissora CW. No Brasil as exibições acontecem nas segundas-feiras às 22:50h na MTV.

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