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Crítica | Dark é um grande acerto da Netflix

Em tempos de Stranger Things, a Netflix acerta novamente em trazer uma série mais adulta e complexa que sua outra obra

O tempo está sempre presente na nossa vida, e a série Dark, primeira produção alemã da Netflix, retrata o tema acompanhado de inúmeros elementos de ficção cientifica e um quê de sobrenatural e religião.

Antes mesmo de chegar a plataforma na última sexta, 01, Dark já vinha sendo comparada com Stranger Things, o que só aumentou a expectativa em cima da série e sua trama. De fato, alguns elementos podem lembrar a produção de maior sucesso da Netflix, existe um menino desaparecido em uma cidade pacata, acompanha um grupo de jovens e também tem aquela mesma tensão sobrenatural presente.

Dark gira em torna de uma pequena comunidade alemã, a cidade de Winden, cujo principal recurso é uma usina nuclear que emprega grande parte de toda sua população ou sustenta indiretamente as famílias. Os seus habitantes se veem em alerta após o desaparecimento de jovens garotos, podendo esses sumiços estarem diretamente ligados com um assassino e sequestrador de longa data, mais precisamente 33 anos, em crimes que nunca tiverem um desfecho.

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Por apresentar muitos personagens, muitas vezes apressadamente, é comum se confundir com alguma das tramas ou conexões que a série faz ao desenrolar dos episódios. São 10 episódios bem alinhados, que contam uma história precisa e crescente ao passar do tempo. É confuso em grande parte, mas essa é exatamente a intenção de Dark.

Se engana quem acha que a série só retrata questões cientificas e religiosas, muito do que acontece está diretamente ligado com o drama passado das famílias que são o ponto central da história, e os segredos que ambas tentam manter enterrado.

Jonas (Louis Hofman), o protagonista, vem da família Kahnwald, seu pai se matou a alguns meses e sua mãe Hannah (Maja Schone) mantém um relacionamento proibido com um pai de família, o policial Ulrich (Oliver Masucci). Toda a cidade está ligada de uma forma ou de outra e tudo é explorado a passos lentos, mas nunca sem perder o ritmo.

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Mais do que conexões humanas, Dark também mostra a conexão atemporal, como ações do passado, e até mesmo do presente e futuro, podem afetar o espaço e tempo. Até existem algumas explicações cientificas, mas nada que saciei a vontade do espectador de saber o que realmente está acontecendo de fato. E quem vai assistir tudo de uma vez esperando explicações, provavelmente irá se decepcionar. A série abre muitas questões durante seus episódios, mas responde bem poucas em contrapartida.

A série criada por Baran bo Odar, que também é responsável por dirigir grande parte dos episódios, não é uma daquelas produções que prometem dar todas as respostas, mas com certeza entretê de forma inteligente e entrega um conteúdo acima de média. Boa parte de toda a tensão criada pela série vêm de sua fotografia, que é pensada em criar todo o clímax sombrio, com iluminação fraca e destaque em cores fortes.

Em tempos de Stranger Things, a Netflix acerta novamente em trazer uma série mais adulta e complexa que sua outra obra. Quando Dark termina, apesar das inúmeras perguntas em aberto, o espectador com certeza estará ansiando pela nova temporada. Um mérito da roteirista Jantje Friese, que consegue balançar bem todas as histórias e criar um final aberto e que surpreende.

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Dark é o tipo de série para ser dissecada e analisada, e em quanto a nova temporada não chega, porque obviamente será renovada, se deixe parar alguns minutos para pensar e criar teorias do que está por vir. Todo o esforço da Netflix em se tornar global é recompensando quando séries como essa, conseguem não só chegar ao nível, mas a superar muitas das produções norte-americanas do serviço.

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