SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

Olá, o que você está procurando?

Críticas

Crítica | Alien, O 8° Passageiro (1979)

Alien – o 8° passageiro, é um filme de 1979 que, com a ajuda da remasterização, aparenta ser uma obra contemporânea que explora o desespero do humano consciente diante da sua incapacidade de superar uma ameaça, aqui um Alien, mais forte que si.

Se você é fã de filmes de “terror”, já deve ter ouvido falar na famosa franquia: Alien. Onde um alienígina de forças incalculáveis faz o que for preciso, por instinto e inteligência fora do comum, para manter sua espécie viva, inclusive usar humanos. Nesse filme, temos a aparição do monstro pela primeira vez. Uma tripulação de 7 passageiros está voltando de uma viagem espacial para a terra, quando são desimcubados pois seu radiocomunicador toca um sinal de emergência e, por contrato, são obrigados a descer em um planeta e tentar salvar o humano que o emite. Nessa jornada, se deparam com uma forma de vida estranha nunca vista pela humanidade, nisso se veem presos a praga que os seguirá até a nave.

Ao iniciar a obra, de cara temos o primeiro choque, pelo menos para quem vê a versão remasterizada, a textura da imagem. Com extrema nitidez todos os efeitos especiais e efeitos práticos ganham um impulso visual para se tornarem exuberantes mesmo com os mais de 40 anos de existência, criados em uma época que a tecnologia de efeitos especiais era raridade no cinema. Essa capacidade de varar o tempo e atingir o espectador depois de décadas, é a isca que fisga com apenas 5 minutos de filme.

PUBLICIDADE

Com o decorrer do filme, devido ao seu ritmo sedutor até para os dias de hoje e sua bela forma de traçar os eventos, somos absorvidos para dentro da nave, nos tornamos o 9° passageiro a bordo. Sentimos perigo, medo, raiva e desesperança em observar nossos companheiros de tripulação sofrendo, mas também sentimos confiança na nossa equipe e sentimos maravilhamento o em conhecer lugares poucos explorados pela humanidade.

Quando começamos a conhecer a imensidão do espaço ou a beleza do progresso tecnológico, vem o estranhamento, o incômodo. Ao nos depararmos com lugares exóticos, extravagantes e ambientes mirabolantes, chegamos ao ponto de confundir a nossa percepção. Como tudo é grandioso demais, complexo demais não conseguimos abstrair e imaginar, ficamos confusos buscando uma rota, uma referência para apoiar-se ou simplesmente a próxima ordem do capitão.

Nossa grande companheira, Ripley, é a grande heroína dessa jornada toda, porém, poderia ter sido a salvadora. Ripley, quando o estranho ser gruda no rosto de Kane, ela como grande líder, manda seguirem todos os protocolos de segurança, entretanto, Ash a contraria e desobedece a ordem da sua superior, deixando assim, a ameaça se instalar na nave. Esse desdém sofrido por Ripley se repete ao longo do filme todo quase de maneira alegórica ao machismo. Onde tudo falado por ela seria a melhor coisa a se fazer, mas sempre sendo barrada pelos homens da tripulação.

PUBLICIDADE

Chegando no ápice do filme, nesse ponto, as coisas já parecem estar as piores possíveis, Dallas falando com a “mãe” –inteligência artificial com o maior banco de dados– descobre que a força do Alien é incalculável, diferente de tudo que a humanidade já viu e incapaz de ser analisada até pela melhor IA que a humanidade tem. A tripulação, e nós, temos o choque de realidade de não haver saída, não tem como vencer o Alien. Isso é exposto como um fato e absorvido como o destino, o túnel sem a luz no fim.

As coisas desenrolam-se e apoiando-se na morte dos outros seis passageiros, Ripley consegue usar um sistema de fuga da nave e a explodir, efetuando assim, a fuga. Depois de todo o sofrimento ter passado, o perigo já está impregnado em nós. Ainda estamos aflitos, com medo e desespero, parece que não acabou. Esse momento de tensão no filme é muito curioso. Mesmo com os “3 atos” concluídos, ainda sentimos as emoções do clímax. O diretor Ridley Scott, faz de maneira explendida essa construção difícil de manter a atmosfera mesmo depois da quebra do clímax, coisa que só um diretor com muito domínio da linguagem audiovisual conseguiria.

“Alien, o 8° passageiro”, título magnífico que ganhou o filme em sua tradução, é um filme velho que parece novo. Tem atmosfera, ritmo, visual e todos entrelaçamentos necessários para mexer com o espectador novo e também consegue servir mais do que nostalgia para o velho. Ridley Scott cria uma obra que transcende o tempo e se mantem forte mesmo com seus mais de 40 anos de existência. Admirável um filme de gerações passadas ser impactante para a geração atual.

PUBLICIDADE

Revisão: Isabela Monteiro

Essa crítica foi escrita por Gustavo Batista. Siga o autor nas redes: Instagram e Letterboxd

PUBLICIDADE
Comentários

Veja Também:

Curiosidades

Zepotha é o filme de terror mais famoso que NUNCA existiu

Filmes

Filme será lançado de forma digital no dia 29 de setembro

Filmes

Fale Comigo 2 já está a caminho!

Filmes

Filme é uma das grandes apostos do gênero de terror em 2023

PUBLICIDADE