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Críticas

‘The Handmaid’s Tale’ é perturbadora e necessária

Em 1985, a autora canadense Margaret Atwood apresentou ao mundo pela primeira vez o livro The Handmaid’s Tale (O Conto de Aia, em português), que trazia uma visão distópica futurística bem perturbadora. Hoje, a trama não parece tão distante da realidade.

The Handmaid’s Tale é uma série produzida pelo serviço de streaming Hulu, e adapta o livro de Atwood. Na série, o que anteriormente foi os Estados Unidos, agora se chama República de Gilead, uma sociedade autoritária e super machista, regida à base de ensinamentos bíblicos do antigo testamento.

Todas as mulheres desse regime perderam seus direitos, e hoje existem apenas para servir aos homens, sendo elas dividas em castas, cada qual tem uma função diferente. As aias, grupo do qual a protagonista Offred (interpretada por Elisabeth Moss) faz parte, são a pequena parcela existente de mulheres férteis, e que servem basicamente como “útero ambulante” com a única função de procriarem e terem filhos de seus comandantes, onde por meio de um estupro chamado de cerimônia eles tem a relação sexual.

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Sinopse: Depois que um atentado terrorista ceifa a vida do Presidente dos Estados Unidos e de grande parte dos outros políticos eleitos, uma facção católica toma o poder com o intuito declarado de restaurar a paz. O grupo transforma o país na República de Gilead, instaurando um regime totalitário baseado nas leis do antigo testamento, retirando os direitos das minorias e das mulheres em especial. Em meio a isso tudo, Offred é uma “aia”, ou seja, uma mulher cujo único fim é procriar para manter os níveis demográficos da população. Na sua terceira atribuição, ela é entregue ao Comandante, um oficial de alto escalão do regime, e a relação sai dos rumos planejados pelo sistema.

Desde que Donald Trump se tornou presidente dos Estados Unidos, a autora do livro viu sua história subir rapidamente nas vendas. Apesar de qualquer coincidência aparente entre o universo distópico de Atwood e a atual presidência dos EUA, ela diz que seu livro nunca teve a intenção de ser profético: “Você escreve esses livros para que eles não se tornem realidade”, disse a autora ao People.

E por ser tão próxima da nossa realidade atual, The Handmaid’s Tale se torna assustadora e infelizmente necessária. A série não só serve como um alerta para mostrar que pessoas erradas com muito poder podem fazer coisas horríveis, mas também para nos fazer refletir sobre o modo como conduzimos a sociedade. É terrível, e de certo modo maravilhoso, poder assistir essa produção. A construção do universo e a atuação dos atores, especialmente Elisabeth Moss, é digna de toda a aclamação que vem recebendo mundialmente.

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Digo sem dúvida alguma que essa é uma das maiores produções de 2017, se não a maior. E felizmente o Hulu renovou a série para uma 2ª temporada, o que irá nos garantir mais baldes de água fria para acordarmos do nosso comodismo.

 “NOLITE TE BASTARDES CARBORUNDORUM.

NÃO DEIXE OS IDIOTAS TE COLOCAREM PARA BAIXO.”

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